Lula ignora fome, saúde e educação e foca no ataque a Bolsonaro em 2025
Por Alan Fardin
O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura da 1ª reunião ministerial de 2025 escancarou uma triste realidade para o Brasil: o chefe do Executivo não está focado em enfrentar os verdadeiros problemas que afligem a população. Em vez de priorizar a redução dos preços dos alimentos, a melhora da saúde e da educação, o combate à corrupção e a contenção dos gastos públicos, Lula revelou que sua principal causa para este ano é impedir a volta de Jair Bolsonaro (PL) ao poder em 2026.
Essa declaração não é apenas um reflexo de um presidente fraco e vingativo, mas também uma confissão preocupante de que os interesses políticos e pessoais estão sendo colocados acima do bem-estar do povo brasileiro. Enquanto milhões de brasileiros sofrem com inflação alta, serviços públicos sucateados e a falta de perspectivas econômicas, Lula utiliza seu tempo e sua energia para combater um adversário político, transformando o governo federal em um comitê eleitoral.
A falsa defesa da democracia
Lula justificou sua “causa” afirmando que está defendendo a democracia no Brasil. No entanto, o que está em jogo aqui não é a preservação do regime democrático, mas sim a manutenção de um projeto de poder a qualquer custo. Ele cita os atos de 8 de janeiro como um alerta, mas ignora que o fortalecimento da democracia passa pelo diálogo, pelo respeito às instituições e, principalmente, pela atenção às necessidades reais da população.
Não há democracia plena onde o foco do governo é suprimir a oposição e utilizar a máquina pública para intimidar adversários. A fala de Lula, ao invés de inspirar confiança e união, revela uma postura sectária e mesquinha, que busca perpetuar a polarização no país e desviar a atenção dos inúmeros problemas que ele deveria estar resolvendo.
Os verdadeiros problemas do Brasil
Enquanto Lula se preocupa em “impedir o horror do mandato anterior”, a realidade do Brasil continua dramática. O custo de vida permanece elevado, o sistema de saúde sofre com falta de recursos, a educação básica é um fracasso em rankings internacionais e a corrupção continua sendo um câncer que drena os recursos públicos. Nenhuma dessas questões foi colocada como prioridade no discurso presidencial.
Pior ainda, o presidente parece alheio ao fato de que sua falta de ação nessas áreas é o que realmente ameaça a democracia. Um governo que não entrega resultados tangíveis à população cria um ambiente de insatisfação e descrença, tornando o terreno fértil para o surgimento de lideranças populistas e extremistas.
Um governo refém do passado
A obsessão de Lula com Bolsonaro demonstra não apenas fraqueza, mas também falta de visão de futuro. Um líder verdadeiramente comprometido com o Brasil utilizaria essa reunião ministerial para traçar estratégias que enfrentem os desafios econômicos e sociais do país. Em vez disso, Lula prefere travar batalhas ideológicas que não trazem benefícios reais à população.
Enquanto isso, a oposição já se movimenta, e com razão. Lula reconheceu que “2026 já começou” e que seus adversários estão em campanha. Porém, ao invés de concentrar seus esforços em mostrar resultados concretos que poderiam convencer o eleitorado, o presidente escolhe a retórica do medo e da divisão.